Como um Estomaterapeuta Pode Ajudar na Recuperação Pós-Cirúrgica
- Mariana Pereira
- 27 de fev.
- 3 min de leitura

A recuperação pós-cirúrgica exige um plano de cuidados abrangente, que inclui a atuação de diferentes profissionais de saúde. Pacientes submetidos a procedimentos invasivos, especialmente aqueles com risco de complicações na pele e nos tecidos, podem se beneficiar do acompanhamento de um estomaterapeuta.
Este profissional é especializado no manejo de feridas complexas, estomas, drenos e incontinências, contribuindo para um processo de cicatrização mais eficiente e seguro, em conjunto com a equipe médica.
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O Que Faz um Estomaterapeuta no Pós-Cirúrgico?
O estomaterapeuta é um enfermeiro especializado que atua na prevenção e tratamento de complicações cutâneas e cicatriciais. No contexto pós-cirúrgico, ele auxilia a equipe médica ao:
Auxiliar na prevenção de infecções e complicações em feridas cirúrgicas.
Monitorar e cuidar de estomas (colostomias, ileostomias, urostomias).
Orientar sobre o manejo de drenos e tubos.
Tratar e prevenir úlceras por pressão em pacientes acamados.
Aplicar terapias avançadas para otimizar a cicatrização.
Médicos cirurgiões, proctologistas, urologistas e ortopedistas se beneficiam da parceria com estomaterapeutas, pois essa colaboração pode contribuir para reduzir complicações no pós-operatório e melhorar os resultados clínicos.
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Benefícios da Estomaterapia no Cuidado Pós-Cirúrgico
O envolvimento de um estomaterapeuta pode auxiliar na recuperação do paciente, reduzir complicações e complementar o acompanhamento médico.
Principais benefícios:
Menor risco de infecção: Curativos adequados e técnicas de manejo reduzem contaminações.
Apoio à cicatrização: Uso de coberturas terapêuticas que estimulam a regeneração tecidual.
Cuidados personalizados: Cada paciente recebe um plano de cuidados individualizado.
Assistência na adaptação de estomas e drenos: Prevenindo desconfortos e complicações.
Redução da necessidade de reintervenção: Um melhor manejo pode evitar novos procedimentos cirúrgicos.
Complicações como deiscência cirúrgica, infecção hospitalar e úlceras de pressão podem ser minimizadas com um acompanhamento especializado.
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Como o Estomaterapeuta Atua no Manejo de Feridas Cirúrgicas?
As feridas cirúrgicas devem passar por um processo de cicatrização controlado. Algumas condições podem interferir nesse processo, como diabetes, obesidade, uso de corticoides e infecção hospitalar.
Principais atuações do estomaterapeuta no pós-operatório:
1. Escolha do Curativo Ideal
Nem todas as feridas cirúrgicas precisam de curativos simples. O estomaterapeuta pode recomendar coberturas avançadas, como:
Hidrocoloides para feridas secas e superficiais.
Hidrogéis para feridas com necrose ou crostas.
Espumas de poliuretano para absorção de exsudato moderado.
Curativos com prata para prevenção de infecções.
Terapia por pressão negativa para acelerar a cicatrização em feridas complexas.
2. Monitoramento de Sinais de Infecção
O estomaterapeuta acompanha a evolução da ferida e identifica precocemente sinais de infecção, como:
Vermelhidão intensa ao redor da incisão.
Aumento da dor e edema local.
Secreção anormal, com odor forte.
Febre e sinais sistêmicos de infecção.
Uma intervenção precoce pode reduzir complicações e evitar a necessidade de antibióticos sistêmicos prolongados.
3. Manejo de Drenos e Tubos
Pacientes cirúrgicos frequentemente precisam de drenos torácicos, abdominais ou de sucção. O estomaterapeuta orienta sobre:
Higienização e troca segura dos drenos.
Identificação precoce de obstruções ou vazamentos.
Cuidados para evitar traumas na pele ao redor do dreno.
Monitoramento do volume e aspecto das secreções.
Essa assistência contribui para um melhor controle pós-operatório, diminuindo complicações como seromas e infecções secundárias.
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Adaptação do Paciente com Estomas no Pós-Cirúrgico
Pacientes que passaram por colectomias, urostomias ou ileostomias precisam de um acompanhamento especializado. A adaptação a um estoma pode ser difícil, e a falta de orientações adequadas pode levar a:
Irritações cutâneas graves.
Vazamentos e infecções periestomais.
Desconforto emocional e impacto psicológico.
Como o estomaterapeuta ajuda?
Ensina o paciente a cuidar do estoma corretamente.
Indica a melhor bolsa coletora para cada caso.
Ajuda na prevenção de complicações dermatológicas.
Oferece suporte emocional, contribuindo para a aceitação do paciente.
Com um estomaterapeuta na equipe, as taxas de complicações e reinternações pós-estomia podem ser reduzidas.
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Quando Indicar um Estomaterapeuta para o Seu Paciente?
Médicos podem encaminhar um paciente para acompanhamento com estomaterapia nas seguintes situações:
Feridas cirúrgicas que apresentam dificuldades na cicatrização.
Pacientes com risco elevado de infecção de incisão cirúrgica.
Uso prolongado de drenos e sondas.
Pacientes ostomizados que precisam de adaptação e manejo especializado.
Prevenção e tratamento de úlceras por pressão em pacientes acamados.
Encaminhar o paciente precocemente para um estomaterapeuta pode contribuir para evitar complicações, reduzir internações e otimizar os resultados cirúrgicos.
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Conclusão
A estomaterapia é uma área fundamental no pós-operatório, oferecendo suporte especializado para o manejo de feridas, estomas, drenos e lesões cutâneas.
A colaboração entre médicos e estomaterapeutas pode trazer melhores resultados para a recuperação dos pacientes, reduzir complicações e proporcionar mais qualidade de vida no pós-operatório.
Quer melhorar o manejo pós-operatório dos seus pacientes? Indique um estomaterapeuta e contribua para uma recuperação mais segura e eficiente.
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